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Contratação de crédito imobiliário 100 por cento digital já começou e deve crescer.

  • 05/10/2022

A contratação de crédito imobiliário está passando por uma simplificação que promete acabar com a burocracia, papelada e demora. Perspectiva é que, até o final do ano que vem, todos os agentes financeiros estejam integrados com os cartórios em São Paulo

Algumas instituições financeiras já estão fechando contratos de forma totalmente digital, sem que o cliente tenha que ir à agência bancária ou ao cartório para assinar.

O Bradesco já ultrapassou a marca de 500 contratos (o equivalente a cerca de R$ 150 milhões) de financiamentos firmados inteiramente de forma digital, sem o cliente ter que sair de casa. O projeto começou em maio no Estado de São Paulo e, em junho, foi estendido para o restante do País.

O processo de registro eletrônico reúne assinaturas digitais e integra o sistema de cartórios do País. Desta maneira, todos os envolvidos no processo conseguem acompanhar e assinar o contrato virtualmente, sem a necessidade de comparecer aos pontos de atendimento físicos.

O movimento está sendo acompanhado por outros bancos, e a tendência é que essa prática já seja uma realidade ampla no mercado até o fim do ano que vem, estimou o presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), José Rocha Neto.

“Pode escrever. Até o final do próximo ano, quase todos os agentes financeiros já deverão estar com integração aos cartórios, ao menos em São Paulo”, afirmou, em debate durante o Summit Imobiliário, realizado na semana passada pelo Estadão em parceria com o Secovi-SP. O avanço será bastante significativo, uma vez que o Estado de São Paulo representa algo próximo de 40% de toda a contratação de financiamentos do País, segundo Rocha.

O presidente da Abecip observou que esta será a segunda onda de digitalização do processo de contratação de crédito imobiliário. A primeira onda foi acelerada pela chegada da pandemia, quando bancos passaram a oferecer opções para cotação, simulação e aprovação do crédito por canais digitais, bem como o envio dos documentos iniciais. “A gente está vendo agora uma segunda onda, que é o que faltava: a parte da assinatura”, disse Rocha, durante o evento.

Também presente do Summit Imobiliário, o diretor de crédito imobiliário do Santander, Sandro Gamba, disse que essa iniciativa ajudará a derrubar o tempo de contratação dos empréstimos para até uma semana. “Anos atrás era coisa de 60 a 90 dias. Hoje já evoluiu, está dentro de um mês. Com essa nova evolução será algo de dias, até coisa de uma semana se estiver com toda a documentação em ordem”, projetou o executivo.

“Com o registro eletrônico, estamos falando em uma mudança de patamar para o negócio. Nós sabemos que o financiamento é uma etapa demandante para todos os agentes da cadeia. Com esse avanço que todos os bancos estão fazendo, será uma mudança relevante na forma como se contrata”, acrescentou Gamba.

A vice-presidente de habitação da Caixa Econômica Federal, Henriete Bernabé, afirmou que o banco estatal já está trabalhando nesse processo, e espera um avanço robusto a partir do começo do ano que vem. Até lá deve ser implantado o Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (Serp), que vai unificar sistemas de cartórios em todo o País e permitir registros e consultas pela interne – conforme ficou definido pela lei 14.382/22, sancionada em junho deste ano. A medida dará ainda mais segurança e transparência aos registros eletrônicos.

“Em janeiro entra em vigor a legislação para os cartórios, com a centralização dos dados. Estamos apostando que a partir de janeiro teremos uma evolução grande rumo a uma contratação 100% digital tanto para construtoras quanto para pessoas físicas”, afirmou Bernabé, durante o Summit Imobiliário.

A Caixa também já conta com canais digitais para simulação e cotação, bem como para tramitação de documentos. Mas a conclusão do processo ainda depende de uma visita do cliente a uma agência bancária. “Hoje, o que pega é o momento da assinatura do contrato que vem antes do registro do contrato. Essa ponta ainda não está redonda”, comentou a vice-presidente.

Fonte: Estadão




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